Dominante ou recessivo?
DOI:
https://doi.org/10.55838/1980-3540.ge.2012.143Palavras-chave:
herança dominante, herança recessiva, co-dominância, dominância incompleta, haplossuficiência, haploinsuficiênciaResumo
As definições de dominante e recessivo cunhadas nos primórdios da ciência da genética são muito úteis e se adaptam muito bem a muitas das situações que estudamos. No entanto, elas requereram ajustes com o passar do tempo, que levaram a criação de termos como codominância e dominância incompleta. Nesse artigo é feita uma reflexão cautelosa de que a aplicação desses termos pode em muito depender do que está sendo definido como fenótipo na análise genética e que os efeitos de um alelo sobre o fenótipo dependem de uma intrincada rede de fenômenos moleculares. Se um alelo determinará um fenótipo dominante ou recessivo em um dado lócus, isso dependerá: (a) do tipo de produto que resulta da transcrição e tradução da informação contida nesse alelo; (b) da relação desse produto com o produto codificado pelo outro alelo no mesmo lócus e (c) da reação do organismo à presença, ausência, ou redução da quantidade dos produtos dos alelos ou a modifi cações na função desses produtos. Em resumo, do ponto de vista molecular, cada caso é um caso.
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